Devido a sua inofensividade
à sociedade humana e a representatividade do
grupo na manutenção da dinâmica
ecológica, há ainda poucos estudos sobre
como controlar sua população.
Entretanto, sua
utilização como agente em controle biológico
está em grande prospecção. Têm-se
como exemplos (já citados no tópico “Tesourinha
no controle biológico”) as espécies
de Doru spp., que se alimentam de ovos das
lagarta-do-cartucho (S. frugiperda) e lagarta-da-espiga
(Helicoverpa zea) em cultura de milho, de ovos
e lagartas de lepidópteros em cultura de soja,
de ovos de lepidópteros em cultura de algodão
e a F. auricularia contra os pulgões
em culturas de ameixeiras e macieiras dos países
do hemisfério norte. Desta forma, algumas espécies
de Dermaptera possuem potencial no manejo ecológico
de várias culturas de grande importância
econômica.
O uso de inseticidas não é recomendado
para uso doméstico e é pouco recomendado
em grandes culturas devido à toxicidade destes
compostos à sociedade e à dinâmica
ecológica local. Contudo, se realmente necessário
o controle por esta via, a aplicação
direta (pulverização, por exemplo) de
Chlorpyrifós e Fenitrothion (um clorofosforado
e fosforado, respectivamente) sobre a cultura pode,
em 5 horas, devastar a população de
tesourinhas local. Após 24 horas da aplicação
de Monocrotofós, um fosforado, há um
resultado significativo na população.
Piretróides (por exemplo: Permetrina e Deltametrina)
são praticamente inócuos sobre as tesouras.
Outro método é atingir de forma indireta
a densidade da população de tesourinhas,
através de intoxicação de seu
alimento. Um exemplo é a S. frugiperda,
a qual, por meio de pulverização e de
irrigação, demonstra que há uma
mortalidade média de 70% da população
adulta de D. luteipes após a aplicação
de Chlorpyrifós e Fenitrothion sobre as lagartas-de-cartucho,
sua presa. Fenpropathrin apresentou o menor nível
de influência sobre as tesourinhas por este
método. Permethrin e Lambdacyalothrin também
demonstraram baixa influência na população
de tesourinhas.