As formigas cortadeiras
são as principais pragas dos reflorestamentos
brasileiros, representando mais de 75% do tempo e dos
custos no controle de pragas florestais. Para cultivar
o fungo com o qual alimentam suas crias e, parcialmente,
os adultos, essas formigas tem que cortar grande quantidade
de material verde fresco, arruinando colheitas, bosques
e plantas ornamentais.
As saúvas
estão entre os mais complexos insetos sociais,
possuindo população extremamente numerosa
(entre 3 a 6 milhões de operárias em uma
única colônia), divisão em castas,
divisão de trabalho, cuidado entre companheiras
de ninho, complexos sistemas de comunicação
e de profilaxia, além de se abrigarem em profundos
ninhos subterrâneos. Todas essas características
tornam difícil seu controle pelo homem, despendendo,
geralmente, muito tempo e dinheiro.
Na classificação científica,
as saúvas pertencem à ordem Hymenoptera,
família Formicidae, subfamília Myrmicinae
e gênero Atta. Elas são as principais
formigas cortadeiras, seguidas pelas quenquéns
(gênero Acromyrmex). Para diferenciar
esses dois gêneros de formiga, basta observar
a quantidade de pares de espinhos no dorso do tórax
das formigas operária: enquanto as saúvas
possuem três pares, as quenquéns possuem
quatro ou cinco. Além disso, as formigas soldados
das saúvas são maiores (12 a 15 mm),
assim como os ninhos, que possuem muitas câmaras
(também chamadas de panelas), podendo chegar
à 200m2, e são caracterizados por um
monte de terra solta na superfície, proveniente
de suas escavações.
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