Os
tipos de marimbondos mais temidos são o cavalo
e a mamangava. O marimbondo cavalo tem o corpo esbelto,
e sua cor é marrom avermelhado.
Eles não
são agressivos e só se defendem se forem
incomodados. Se o ninho estiver em um lugar alto e não
apresentar risco de batidas mecânicas ou algo
semelhante, não será necessário
retirá-lo. No entanto, existe o risco de ter
outros ninhos por perto. Cada vespa desse ninho é
capaz de fundar um outro, multiplicando assim o número
de ninhos.
Quanto à
mamangava, o motivo da infestação está
na época do florescimento das espécies
de plantas em que elas coletam seu alimento. Quando
o tempo é bastante chuvoso, elas quase não
conseguem coletar alimento e quando o sol aparece esses
insetos aproveitam para suprir o que consumiram durante
as chuvas.
A infestação também pode estar
relacionada aos locais de nidificação
(local de construção do ninho). Se a
região tiver muita madeira oca ou outros locais
que favoreçam a formação dos
ninhos, as mamangavas certamente irão se alojar
nesses lugares. Essas espécies são ótimas
polinizadoras de plantas e estão desaparecendo
devido à eliminação de seus sítios
de nidificação pelo desmatamento. Se
não forem agredidas não causam problemas
maiores.
A composição do veneno do marimbondo
é pouco conhecida pois não existem muitos
estudos a respeito. Ao contrário das abelhas,
esses artrópodes não deixam o ferrão
no local da picada. Por serem maiores e fisicamente
mais assustadores aparentam ser mais venenosos que
as abelhas, o que não é verdade. Os
efeitos do veneno são semelhantes aos das abelhas,
porém menos intensos.
O veneno de vespa contém histamina e serotonina,
que são agentes químicos envolvidos
nas respostas alérgicas em geral. Esses animais
normalmente não são agressivos, só
atacam se forem incomodados. O risco dos acidentes
depende do número de picadas e da hipersensibilidade
do indivíduo acidentado.
O quadro habitual após a picada é dor
intensa e eritema local (sinal típico da inflamação,
na qual a pele fica com coloração avermelhada
devido à vasodilatação capilar).
Há também sintomas de edema (inchaço)
de intensidade variável, referindo-se a um
acúmulo anormal de líquido intersticial
constituído principalmente de proteínas
e sais. São sinais e sintomas comuns: mal-estar,
ansiedade, sudorese (suor), prurido local (coceira),
náuseas, tremores e vômitos. Nos indivíduos
hipersensibilizados podem ocorrer urticária
(alergia na pele) e broncoespasmo (dificuldade na
respiração devido à contração
da musculatura dos brônquios nos pulmões).
Também foram constatados: hipotensão
arterial (baixos valores da pressão arterial),
inconsciência e choque, podendo evoluir para
a morte, caso não ocorra medicação
correta. Em animais, as reações tóxicas
sistêmicas observadas são: vômitos,
diarréia, sinais de choque e dificuldade respiratória
em decorrência de síndrome da angústia
respiratória aguda (SARA). Nos cães,
além dos quadros de choque e SARA, casos de
crise hemolítica também têm sido
descritos. As picadas no pescoço ou na mucosa
oral podem levar a edema de glote, resultando em morte
por asfixia.