É conhecido
que a Febre Hemorrágica da Dengue
ocorre, em sua maioria, quando o doente que já
se infectou com o vírus da dengue
anteriormente é contaminado com outro sorotipo.
A base imunológica para esta hipótese
sugere que os anticorpos desenvolvidos durante a primeira
infecção são deixados em níveis
sub-neutralizantes e quando o corpo é infectado
pelo novo sorotipo, ao invés dos anticorpos o
atacarem, estes ajudam o novo vírus a infectar
os macrófagos do hospedeiro. Este fenômeno
é denominado reforço do anticorpo-dependente.
As formas graves da
doença requerem cuidados especializados e hospitalização,
embora muitas vezes a doença não seja corretamente
diagnosticada, atrasando o tratamento.
A letalidade das formas
graves pode ser mantida abaixo de 1% onde há profissionais
qualificados e instalações disponíveis
para o tratamento. Nos países mais pobres, onde não
é possível ter as devidas condições,
a letalidade chega a mais de 10%.
De qualquer forma,
a dengue hemorrágica oriunda de
infecções primárias aumentou ao longo
do tempo de 1% em 1978 para 14% em 1997.
O risco de desenvolver
a dengue hemorrágica foi estimado
como sendo 125 casos graves para cada 1000 infecções
de dengue em crianças e ocorre 80 vezes mais frequentemente
em indivíduos que sofrem da segunda infecção.