Em 2010 a Secretaria
de Vigilância em Saúde do Brasil registrou
447.769 casos notificados de dengue nos três primeiros
meses. A distribuição dos casos notificados
é a seguinte: Sudeste com 173.307 (38,7%), Centro-Oeste
com 163.516 (36,5%), Norte com 56.507 casos (12,6%),
Nordeste com 28.815 casos (6,4%) e Sul com 25.624 casos
(5,7%). Os estados com maior incidência da doença
durante o período foram Acre (3.157,3 casos por
100 mil habitantes), Mato Grosso do Sul (2.507,8 casos
por 100 mil habitantes), Rondônia (1.585,1 casos
por 100 mil habitantes), Goiás (1.114,9 casos
por 100 mil habitantes) e Mato Grosso (998,3 casos por
100 mil habitantes). O Estado de Minas Gerais também
se destaca pelo total de 98.261 casos notificados, com
incidência de 490,5 casos por 100 mil habitantes.
Esses seis estados concentram 67% dos casos notificados.
Observando-se os números
de casos, observa-se em 16 das 27 unidades federadas apresentaram
aumento no número total de casos notificados quando
comparados com o mesmo período de 2009. Nessa comparação,
houve um aumento de 79,8%.
Foram registrados
também em janeiro, fevereiro e março de 2010
2.561 casos graves de dengue (746 casos de Febre Hemorrágica
do Dengue/Síndrome do Choque do Dengue e 1.815 casos
de dengue com complicações). Observa-se uma
redução de 30,6% em relação
ao mesmo período de 2009. Os óbitos confirmados
foram 117, o que representa uma diminuição
de 7,8% em relação ao ano anterior.
Na análise atual feita pela Secretaria de Vigilância
em Saúde afirma que o sorotipo DEN3 da dengue predominou
na grande maioria dos estados do Brasil entre 2002 e 2006,
mas que no período entre 2007 e 2009 houve uma alteração
deste sorotipo para DEN2. O monitoramento do sorotipo circulante
ao longe de 2009 apontou para outra mudança para
o sorotipo DEN1.
O número de casos reportados de dengue deve ser
considerado uma aproximação da realidade,
pois os casos assintomáticos e não reportados
contribuem para um falso panorama da dengue nessas áreas.
Assim, para o mundo todo e em geral, pode-se assumir que
o número real de casos é 10 a 15 vezes o número
conhecido, podendo em casos extremos chegar a 70 vezes,
como na epidemia de Campinas.